Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de maio, 2016

Amar-se ou amar outra pessoa?

Amar (assim como odiar) é inerente ao ser humano. Mas a gente busca no amor a fonte de usufruto da felicidade e, ainda assim, se desaponta. A busca pela felicidade no amor ao outro é o outdoor de boas vindas da Cidade do Esquecimento. As pessoas (ou, pelo menos, grande parte delas) são como imagens compostas de filtros. Sigmund Freud, psicanalista do século XIX, realizou vários estudos e trouxe várias descobertas sobre a mente e o comportamento humanos. Quando amamos, por exemplo, aplicamos em nossa mente uma espécie de filtro seletivo que nos permite ver apenas as boas qualidades da pessoa por quem nos apaixonamos ou, ainda, inserir “filtros” criando uma imagem deturpada da realidade por que pegou a gente pela mão, enviou músicas para o nosso chat , cantou ao telefone e fez nosso coração bater pertinho ao seu num abraço quase ad aeternum . Dedicamos poemas, falamos belas palavras sem nenhum texto previamente organizado e discordamos se ela diz “Eu não mereço tudo isso!” Então,

"Sobre um sentimento que quase acometeu minha alma" (Samuel Matias)

Imagem enviada pelo autor. Por: Samuel Matias. Sobre um sentimento que quase acometeu minha alma

Ele não sabe o que é o amor

Por: Wendell O’Hyah.

Dom Casmurro em quadrinhos

Por: Wendell Santos. “Tu eras perfeito em teus caminhos desde o dia da tua criação.” - Profeta Ezequiel.

Marabá: uma breve análise entre o poema e a vida de Gonçalves Dias

MARABÁ (Parênteses inseridos para esclarecimento de palavras e expressões) Eu vivo sozinha; ninguém me procura! Acaso feitura Não sou de Tupá? Se algum dentre os homens de mim não se esconde: – “ Tu és,” me responde, “ Tu és Marabá!” – Meus olhos são garços, são cor das safiras, – Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar; – Imitam as nuvens de um céu anilado, – As cores imitam das vagas do mar! Se algum dos guerreiros não foge a meus passos: “ Teus olhos são garços,” Respondo anojado, mas és Marabá: “ Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes, “ Uns olhos fulgentes, “ Bem pretos, retintos, não cor d’anajá ! ” (claros) – É alvo meu rosto da alvura dos lírios, – Da cor das areias batidas do mar; – As aves mais brancas, as conchas mais puras – Não têm mais alvura, não têm mais brilhar. – Se ainda me escuta meus agros delírios: – “ És alva de lírios”, Sorrindo responde, mas és Marabá: “ Quero antes um rosto de jambo corado,

Quasímodo era feliz

Por: Wendell O’Hyah Ilha de Itamaracá – PE, 1º de maio de 2016   “Quasímodo” era o nome mais feio que o próprio Quasímodo conhecia. O que lhe consolava era saber que este era um nome, graças a um certo corcunda de Notre Dame, famoso na Literatura Universal. Vez por outra, também se achava feio. Depois, achava bonito e, assim, vivia como um pêndulo entre o belo e o grotesco. Certo dia, Quasímodo descobriu que era lindo, por dentro. Quasímodo era a intercontextualidade de sua própria existência com a coexistência plena da Literatura. Às vezes, vivia por Victor Hugo, outras por Gonçalves Dias. Publicou uma nota no Gazeta de São Paulo para falar de seu estado civil. Recebeu dezenas de cartas de mulheres solteiras de meia idade que buscavam um homem maduro para se casar. Não casou com nenhuma, sua aparência, seu lado grotesco, falara mais alto que as suas palavras, seu lado belo. Mestiçagem de encanto e arrepio. Foi morar em Recife. Conheceu Margareth, drogada e prostituída

Tenho medo do escuro

Às vezes, eu tenho medo do escuro

Amor latente (Wagner Santos)

Por: Wagner Santos.

Deméter (Cristina Machado)

Por: Cristina Machado.  

O latim é uma língua morta?

Por: Wendell Santos. Provavelmente, a Septuaginta Grega (ou Versão dos Setenta), iniciada em 280 AEC, é um dos maiores trabalhos de tradução já feitos na história. Depois dela, vieram as traduções para o copta, o siríaco, o latim e inúmeras outras línguas que, por fim, fez a Bíblia se tornar atualmente disponível “inteira ou em parte em cerca de 2.600 idiomas” (WATCH TOWER & TORRE DE VIGIA, 2015, p. 1782), incluindo línguas indígenas e de antigas civilizações. A necessidade de uma tradução surge não apenas para levar uma mensagem a outros povos, mas, também, quando uma língua deixa de ser falada. Isto foi o que convenceu cerca de 70 eruditos judeus a produzirem a primeira tradução das Escrituras Hebraico-Aramaicas (ou Antigo Testamento ) para o grego koiné (ou Comum ), que era considerada uma língua universal naquela época. O texto produzido originalmente em hebraico antigo já não era mais compreendido pela grande maioria dos judeus que, agora, falava grego ou aramaico. O h

Segue, Sigo! (Samuel Matias)

Por: Samuel Matias.

"E de repente você não é nada" (Leila Tavares)

Por: Leila Tavares. Era tudo de uma alegria estranha Algo entre o real e a utopia

A Vez de Cecília (Tânia Consuelo)

Quando saiu de casa entregou o marido nos braços de outra mãe, pois era o único papel que ele sabia fazer, o de filho. Capa. A Vez de Cecília é o primeiro livro impresso da escritora pernambucana Tânia Consuelo. A obra foi relançada na versão impressa em 2015 pela Elo-Cartonera e conta a história de uma mulher na casa dos quarenta que resolve “desconstruir uma vida para principiar outra”, Cecília. (Cap. 2) Dividido em seis capítulos, o conto narra as etapas de reconstrução da vida e da retomada dos velhos sonhos da mulher que um dia fora casada, mas que não pôde ser realmente feliz porque desde sempre esteve sozinha. Idiossincrática (palavra mais referente que conhece), Cecília agora precisa se exteriorizar, se cuidar por todos os anos em que não teve a oportunidade na vida de luxo que renunciara para viver em paz na companhia de si mesma e de Samuel, um gato folgado: “Pensou, ante a isso, tudo o que envolvia uma vida solitária, e não hesitou em dizer que era capaz de

TIC na educação, por que usar?

No fim do primeiro trimestre deste ano, minhas colegas de pesquisa Dhyanna Lays Ramos Neves e Thayná Deivilla Mendes da Rocha Silva e eu apresentamos, no XIII Congresso de Iniciação Científica promovido pelo Núcleo de Pesquisa e Iniciação Científica – NUPIC da Faculdade Frassinetti do Recife – FAFIRE , uma pesquisa de um ano sob orientação da incrível Prof.ª Mestra Márcia Modesto, a saber Google Apps for Education e outros apps na sala de aula de inglês , aprovada pelo NUPIC e desenvolvida junto ao mesmo. O objetivo da pesquisa era mostrar que o uso dos Google Apps for Education e alguns outros apps possuem alto potencial de uso em sala de aula como ferramentas adicionais ao aprendizado de língua inglesa. O que segue é um resumo de nossa pesquisa. A pesquisa não nasceu do desejo de implementação do uso das TIC na sala de aula de inglês, pois este já é um incentivo dos PCN desde a década de 1990, mas do interesse em querer saber por quê das comunidades escolares ainda não serem

ELAS: Baodiceia, a rainha vermelha

Os celtas foram uma das grandes civilizações do passado e, comparadamente a outros povos, foram inovadores no modo como trataram a figura da mulher. De acordo com o escritor português Pedro Silva (2007, p. 13),

A Diva das Escadas na Noite de Maria do Céu

Por: Yure de Souza   Seu nome, Sheila Braga. Sua viagem particular? Encantar os frequentadores do Clube Metrópole com suas performances nas escadarias da New York Street no coração do clube noturno mais badalado de Recife. Pessoalmente, já fiquei eufórico com uma de suas apresentações e, definitivamente, antes apenas Sheila e agora Sheila dos Degraus, a Diva é marca registrada da casa e já houve até festa exclusiva para ela. Como muitos, já me diverti bastante nas festas da Metrópole. Numa única noite, passo por meninos bonitos e alegres, cheios de vida e sensualidade. Uma explosão de luxúria e furor sexual invadem os banheiros e corredores sinuosos que levam a tantos lugares iluminados a neon e lasers, cheiro de uísque misturado a tantos perfumes, tantos cheiros de peles masculinas e femininas ávidas por beijos acalorados e bocas perversas que anseiam encontrar outras bocas. No meio da Babilônia de sentidos e odores e falta completa de pudores, ela reina absoluta, diva, sedutora

Dia (Valmir Sá)

Por: Valmir Sá Dia, dia, dia, quem o guiará? O presente, o passado ou o futuro? O que nos levará a vivê-lo? Intenso, calmo, solitário ou acompanhado? Onde será que devemos andar? O que dizer? O que viver? Onde ficar ou onde ir? Construir ou desconstruir? Confiar ou desconfiar? Crescer para quê? Tantos questionamentos; Tantas dúvidas; Tantas decisões sem realmente saber decidir. Na verdade, o importante é… Não sabemos. Só sabemos que o passado vivemos; O presente fazemos acontecer; E o futuro, só queremos poder abrir Os olhos, para podermos Nos alimentar de um novo dia.