Às vezes, eu tenho medo do escuro
Os outros, eles são os outros.
Interessam-se pelos obsoletos,
Enquanto eu, apenas ouço.
Ouço música durante a noite,
Pois tenho medo do escuro
E da simetria que habita em mim –
Há um sepulcro dentre de mim,
Há um profundo dentre em mim.
P’ra penetrar a minha alma,
Ansiar-me pelos não ocorridos,
Antecipar-me a dor do parto.
Esteja eu só, em solidão –
A auto-exausteração dos dias.
O que fazem os solitários
A não ser chorar? Eis o que faço:
Entrego-me aos mil e um espectros.
E vivo só. Com pleno medo
Da escuridão em mim.
Comentários
Postar um comentário
Contribua com um comentário.