Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de maio, 2017

Faz o mundo bonito

A plenitude das pessoas belas torna o mundo mais bonito. Quando você se for, este mundo já não será mais tão bonito assim. Você poderia se esforçar um pouco para ficar e, quem sabe, talvez até gostasse e essa vontade de ir embora fosse embora em teu lugar.

Leonardo

A sua [não tão] inocência faz-me sentir-lhe um pouco de dó. Não o dó da pena, mas o dó que me sobrecarrega um compromisso de cuidar de alguém que tem a minha idade, mas alma de ser meu filho. Leonardo não dá uma resposta  para fora por que, para dentro, ele parece que está gritando.

A justiça de Clarice

Estou deitado no colchão da sala com a televisão apagada (para o nada) e a luz apagada (para o aconchego). A imagem da Justiça passa à minha frente e faz-me pensar em que sentido é cega - de todo troncha ou que goza imparcialidade (ou imoral). Penso ainda o que Clarice pensaria, se para ela tudo não seria uma bobagem ou que justiça se faz com providência divina. Clarice é sutil; Gustavo disse perigosa para além de apaixonante (estou me encontrando nestas linhas). Clarice só queria era se sentir feliz, mas para isso precisava também sentir-se livre - uma judia livre, o que não tem nada a ver com justiça, talvez (é com direito). A Justiça habita em nós como habitava nela, e o contrário também é uma verdade. Itamaracá, 12 de abril de 2017.

Conversando sobre o amor

[5/26, 00:37] Wendell : Essas paixões são a prova irrefutável de que realmente vivemos. Quando amamos alguém, atestamos nossa capacidade plena de existir. [5/26, 00:39] Cristina : Isso mesmo. Provamos a fruta do jardim das delícias... E corremos todos os riscos. Podemos até ser expulsos... Mas a seiva da fruta ainda estará escorrendo na nossa boca. Itamaracá e São Paulo, 26 de maio de 2016.

O blog Wendell B@t!st@ participa de conversa sobre a literatura nas plataformas digitais com O Quarto de Aline

Aline e eu respondendo às perguntas após apresentação. Foto: Thayná Deivilla. Na manhã de ontem, sábado (20/05), tive o prazer de participar da roda de conversa intitulada  A literatura nas plataformas digitais , do evento que combina o 20º Encontro de Educação , o  20º Encontro de Literatura Infantojuvenil  e o 2º Encontro de Línguas Estrangeiras - ELE , que ocorreu nos dias 18, 19 e 20, na Faculdade Frassinetti do Recife - FAFIRE , onde estou concluindo o curso de Letras. Banner divulgação (FAFIRE/PE). Na conversa, a blogueira, escritora, publicitária e graduanda em Letras (FAFIRE) Aline Menezes abordou o tema Um mundo de múltiplas possibilidades: formação de leitores e educadores rumo à autonomia  trazendo à luz a sua longa experiência com blogueira, a história do blog e da internet no Brasil e no mundo, expôs os seus primeiros cadernos de escritos e recursos tecnológicos utilizados ao longo de sua trajetória e apresentou o seu blog O Quarto de Aline . Em seu p

Seja bem-vindo! Aqui residem os meus fantasmas

Joabe quis saber dos meus fantasmas.

Templo

“Minha tribo me perdeu quando entrei no templo da paixão.” – Templo, Chico César.

Dayane

Por: Erick Travassos

A Senhora Braga

Ouve-se muito mal falar. A Senhora Braga não tem amor no coração, mas afirma que tem Deus. Mantém-se dentro de um casamento cansado por não ter outra opção nem mesmo para o marido, que a tolera desde que se conheceram na porta da capela, enquanto ambos deveriam estar atendendo à missa e honrando o nome da Santa Igreja.

E se você acordasse metamorfoseado?

“Certa manhã, ao despertar de sonhos intranquilos, Gregor Samsa encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso. Estava deitado sobre suas costas duras como couraça e, quando levantou um pouco a cabeça, viu seu ventre abaulado, marrom, dividido em segmentos arqueados, sobre o qual a coberta, prestes a deslizar de vez, apenas se mantinha com dificuldade. Suas muitas pernas, lamentavelmente finas em comparação com o volume do resto de seu corpo, vibravam desamparadas ante seus olhos.” ( A metamorfose , de Kafka)

Catimbó - análise do poema de Ascenso Ferreira

Ascenso Ferreira, Paço Alfândega. Foto: Wendell S. O poema Catimbó Abaixo da estrofe, em letra menor, a análise. Mestre Carlos, rei dos mestres, aprendeu sem se ensinar… – Ele reina no fogo! – Ele reina na água! – Ele reina no ar! Mestre Carlos : Mestre (guia espiritual) da Jurema Sagrada, rito que mescla a magia indígena, africana, europeia, elementos do catolicismo popular etc. Segundo a religião, Mestre Carlos é um excelente mestre de adivinhação e tratos amorosos. “Aprendeu sem se ensinar” : iniciou-se ao culto da Jurema Sagrada sozinho. Por isto, em minha amada, acenderá a paixão que consome! Umedecerá sempre, em sua lembrança, o meu nome! Levar-lhe-á os perfumes do incenso que lhe vivo a queimar. Percebe-se que fora feito um “catimbó” (feitiço) para a amada. Observe a estrofe seguinte. E ela há de me amar. Há de me amar… Há de me amar… – Como a coruja ama a treva e o bacurau ama o luar! Após o “catimbó”, ele espera convicto pela su