O Templo de Poseidon. |
− Desculpe-me, estou bêbado.
− Não há motivos para se desculpar no Carnaval quando bate em alguém sem querer. Está sozinho?
− Sim.
− Fica, então, por aqui. Toma uma cerveja.
Seu olhar desconfiado alertara para o conteúdo daquele álcool, mas qualquer outro álcool seria menor que tudo o que já bebera ao longo do dia. E qualquer álcool que bebesse junto ao que já circulava as suas veias seria menor e menos arrebatador do que o vício de se apaixonar.
− Tome mais.
Bebeu. A sua educação é de um nível mais elevado, agradece até mesmo um gole de bebida e pede desculpas por não saber a música. Respondeu-lhe com o beijo cuja recepção fora a avenida cheirando a álcool, música e gente. Rendeu-se como no Templo da Paixão, alma despida e contemplação.
Mãos dadas em meio aos olhares d’outra avenida sobre o espírito de quem não se importa. Voltou para casa como o menino que ganhou as balas – levou isto e aquilo. Voltou para casa sabendo – esse jogo de saberes e de descobertas – que algo seu havia ficado e que algo havia levado consigo como garantia de um retorno para o próximo capítulo.
Voltou a amar (Descobriu!). Sentiu que reviveu.
P.S.: A inspiração desta singela crônica era tão barata que [ela] não poderia ser maior. Sentei numa mesa de bar de esquina para escrever algo mais valioso. Look! "[Our] journey ends here."
P.S.: A inspiração desta singela crônica era tão barata que [ela] não poderia ser maior. Sentei numa mesa de bar de esquina para escrever algo mais valioso. Look! "[Our] journey ends here."
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