Estou deitado no colchão da sala com a televisão apagada (para o nada) e a luz apagada (para o aconchego). A imagem da Justiça passa à minha frente e faz-me pensar em que sentido é cega - de todo troncha ou que goza imparcialidade (ou imoral). Penso ainda o que Clarice pensaria, se para ela tudo não seria uma bobagem ou que justiça se faz com providência divina. Clarice é sutil; Gustavo disse perigosa para além de apaixonante (estou me encontrando nestas linhas). Clarice só queria era se sentir feliz, mas para isso precisava também sentir-se livre - uma judia livre, o que não tem nada a ver com justiça, talvez (é com direito). A Justiça habita em nós como habitava nela, e o contrário também é uma verdade.
Itamaracá, 12 de abril de 2017.
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