Quando se realiza o viver, pergunta-se: mas era só isto? E a resposta é: não é só isto, é exatamente isto. — Clarice Lispector, em "A Paixão Segundo G.H." Por: Marcel K. Artista: Tom Swick. "Como viver?" Não é essa a pergunta que intermitentemente surge em cada um de nós desde o primeiro despertar da nossa consciência? Questionar se a vida vale a pena ser vivida é estimular a pilhéria como resposta: depende do (sobre)vivente. No entanto, o espírito da resposta é, no mínimo, libertador, pois apenas se o indivíduo conseguir resolver satisfatoriamente a questão/problemática de como viver é que poderá, então, decidir se esse inescapável vale de lágrimas pode ser transformado em algo positivo. Misericordiosamente, a questão apresenta-se infinita e indissolúvel, e assim nós a levamos, juntamente com outros pontos cruciais, muito além da metade da nossa efêmera existência (frequentemente, até o fim dela). Em alguns casos — talvez na maioria deles —...