Por: Leila Tavares
Eis-me aqui a pensar de onde parte o conceito de normalidade. Entre pensamentos absortos, este tema tende a me perturbar. O mundo a cada dia, parece inebriado pelo ter, fazer, mostrar. Os desejos e paixões por algo maior, não são estimulados.
Como pode viver um ser humano sem paixão? Vivendo, ora essa! Conheço milhares de pessoas que apenas vivem um dia após o outro. Isso não é visto com maus olhos, de forma alguma. Você ao menos trabalha, faz parte de um grupo de amigos, sua família te adora.
E o que há dentro de você? O que há no lugar que ninguém pode ver? Existe algo? Então, aqui me perco nessas conjecturas, vendo que tais reflexões não importam.
A aceitação pede um preço alto. Pede submissão, apatia, falta de paixão. O senso comum não lhe custa muita coisa, apenas seguir junto dos outros. Não questionar, compreender, aceitar e sob nenhum aspecto, debater.
Prefiro a estranheza. Dentro da minha visão do estranho, desejo um universo. Tenho paixão. A normalidade é apática, é fria, sem sabor. Ao buscar compreender o meu eu mais íntimo, explodo e me perco em algo só meu.
Eis-me aqui a refletir no caminho obscuro e sombrio da alma. A alma que não se perde na frieza, a alma que deseja ser livre. Entre o conceito de normalidade, prefiro me perder no infinito da minha estranheza.
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