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Sentado no topo da minha ignorância. |
Sentado no topo da minha ignorância, eu me pergunto todos os dias: “O que é ser bom, afinal?” E me recuso a aceitar quando alguns dizem que eu sou uma “pessoa boa”, pois esta questão é para mim um tanto perigosa. É como não cometer violência doméstica, mas se calar ao descobrir que a vizinha é agredida pelo companheiro. Onde estava a minha bondade que me impediu de fazer uma simples denúncia anônima? Pois é. É preciso rever o conceito de “ser bom”. Parece-me que nem todo mundo que é “bom” merece o céu.
Na próxima vez, responderei com uma interrogação: “O que é ser bom, afinal?” As respostas, como sempre, podem ser reveladoras, mas é provável que a minha pergunta-resposta seja mais adequada do que a afirmação outrora feita. Sentirei um alívio no meu peito por partilhar a minha angústia de perceber que nem todos são realmente “bons”, pois no imenso mural de eventos, o discurso é a janela mais bonita.
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