Desliguem o telefone, parem todos os relógios, Previnam o cachorro de latir com suculentos ossos, Silenciem os pianos e com tambores abafados Tragam o caixão, façam entrar os enlutados. Deixem os aviões circularem ao alto com choro Rabiscando no céu “Ele está Morto”. Nas pombas fúnebres ponham gravatas em seus pescoços brancos, Luvas pretas de algodão deixem usar os policiais de trânsito. Ele era meu Norte, meu Sul, meu Leste e Oeste, Minha semana de trabalho e meu domingo cipreste, Meu meio-dia, minha meia-noite, minha canção e meu diálogo; Eu pensava que o amor duraria para sempre: mas estava errado. As estrelas não são mais desejáveis; apaguem uma a uma; Desmanchem o sol, derrubem a lua, Sequem o oceano e devastem a floresta; Nada mais do que vier interessa. Neste poema de versos AABB, o locutor que não é identificado (gênero desconhecido¹) lamenta a morte de alguém muito amado (talvez um filho, um irmão, amigo ou companheiro). Um contr...
O que acontece aqui permanece para sempre...