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O amor é uma fria e sofrida aleluia: comentários à canção Hallelujah, de Leonard Cohen

Antes de tudo, “aleluia” é a transliteração da expressão hebraica halelu-Yah, “a qual é literalmente uma ordem a um grupo de pessoas: ‘Louvai a Jah.’” (WATCH TOWER & TORRE DE VIGIA, 1990, v. 2, p. 470) Esta doxologia (expressão de louvor) ocorre 24 vezes nas Escrituras Hebraico-Aramaicas (geralmente introduzindo e/ou concluindo os salmos) e quatro nas Escrituras Gregas Cristãs, em Apocalipse 19:1, 3, 4, 6, quando todas as coisas louvam a Deus pela destruição de Babilônia, a Grande. (Id.) Em grego, escreve-se allēlouia. (WESTCOTT & HORT, 1985) “Jah” é uma abreviação poética do nome divino, que em hebraico é יהוה (YHWH, da direita para a esquerda), cuja pronúncia original é desconhecida e o significado incerto, mas que costuma ser traduzido ou vertido ao português como Jeová, Javé ou Iahweh, entre outras formas.


Ainda que uma palavra de significado desconhecido por muitos, “Hallelujah” é também uma canção do cantor e compositor canadense Leonard Cohen (21 set. 1934, Montreal – 07 nov. 2016, LA) lançada no seu álbum Various Positions, em 1984. Até 2008, “Hallelujah” havia sido gravada centenas de vezes por diversas bandas e artistas solo, como Bob Dylan, Jonh Cale, Bono, Bon Jovi, Willie Nelson, Paramore, Celine Dion, Gregorian e aquele que fez a mais apreciada e apaixonante versão, Jeff Buckley, em seu LP Grace (1994). Cantada desde metrôs a sinagogas, sua melodia é também transplantada para Lecha Dodi, uma canção litúrgica do Sabbath. (MURRAY, 2016) Aqui, consideramos a letra da versão original de Leonard Cohen, mas encontra-se também disponível a versão de Jeff Buckley ao longo da análise. Deve-se notar também que várias versões (entenda-se: letras) foram gravadas desde o lançamento de “Hallelujah” em 1984.
A canção tem muitas referências bíblicas, relembra as histórias do notável juiz Sansão e do rei Davi. Por causa das referências que Cohen faz às doutrinas judaico-cristãs é que a Bíblia é tomada como fonte de pesquisa. Nesta análise, foram tomadas como texto-fonte duas traduções modernas das escrituras sagradas judaico-cristãs produzidas a partir de consulta direta aos textos originais: a Nova Bíblia Pastoral (2014) e a Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada (2015). Também considera outras obras e a biografia do autor, uma vez que a letra de “Hallelujah” soa como parte da vida do cantor, compositor, poeta e romancista.
“Hallelujah” não é uma canção meramente religiosa, mas um hino ao amor.

Um rei frustrado

A primeira estrofe identifica um das pessoas da canção: o rei Davi, do Reino Unido de Israel e Judá. Davi, que além de rei, pastor de rebanhos, poeta, soldado, estadista e profeta, também foi músico e compôs pelo menos 73 salmos e outros cânticos. A primeira estrofe também indica as notas musicais da canção entoada por Davi:

I've heard there was a secret chord
That David played and it pleased the Lord
But you don’t really care for music, do you?
It goes like this: the fourth, the fifth
The minor fall, the major lift
The baffled king composing Hallelujah

Ouvi dizer que havia um acorde secreto
Que Davi tocava e que agradava ao Senhor
Mas você não se importa muito com música, não é?
Isto é assim: a quarta, a quinta
A menor cai, a maior se eleva
O rei confuso compondo Aleluia (louvor a Jah)

A Bíblia narra que o Rei Saul (antecessor de Davi) convocava-o para tocar harpa quando este padecia de um “espírito mau” para que lhe acalmasse.

Saul mandou dizer a Jessé: “Por favor, deixe Davi ficar a meu serviço, pois ele achou favor aos meus olhos.” Quando um espírito mau da parte de Deus vinha sobre Saul, Davi pegava a harpa e tocava; então Saul sentia alívio e melhorava, e o espírito mau se retirava dele. – 1 Samuel 16:22, 23, todas as citações da Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada (NM).

Note que Cohen parece falar para outra pessoa a história de Davi e que o “senhor” a quem o jovem agradava com música era o Rei Saul, conforme pode-se depreender do excerto citado. Contudo, Davi também compunha muitos dos cânticos feitos para a adoração em Israel.

Um pecado real

Na segunda estrofe, Davi se apaixona por Bate-Seba (ou: Betsabeia, na tradução da Pastoral) ao vê-la tomar banho, mas a mulher é casada:

Certo dia, ao anoitecer, Davi se levantou da cama e foi passear pelo terraço da casa do rei. Do terraço ele viu uma mulher tomando banho, e a mulher era muito bonita. Davi mandou alguém procurar saber quem era a mulher. Disseram-lhe: “É Bate-Seba, filha de Elião, esposa de Urias, o hitita.” Então Davi enviou mensageiros para que a trouxessem. Então ela veio, e ele se deitou com ela. (Isso aconteceu quando ela estava se purificando da sua impureza [isto é, menstruação].) Depois ela voltou para casa. – 2 Samuel 11:2-4, colchetes inseridos.

Compare com as palavras de Cohen:

Your faith was strong, but you needed proof
You saw her bathing on the roof
Her beauty and the moonlight overthrew you
She tied you to a kitchen chair
And she broke your throne and she cut your hair
And from your lips she drew the Hallelujah

Sua fé era forte, mas você precisou prová-la
Você a viu banhar-se no telhado
Sua beleza (dela) e o luar o arruinaram
Ela o amarrou a uma cadeira da cozinha
Destruiu seu trono e cortou seu cabelo
E de seus lábios ela tirou o Aleluia

Urias, que seguia com lealdade às leis da “guerra santa” (1 Samuel 21:6), assinou a própria sentença de morte levando de Davi até Joabe (filho do rei) uma carta que continha uma ordem:

[…] Davi escreveu uma carta a Joabe e a enviou por meio de Urias. Ele escreveu na carta: “Coloquem Urias na linha de frente, onde o combate estiver mais violento. Então recuem e o deixem sozinho, para que ele seja ferido e morra. – 2 Samuel 11:14, 15.

Ao passar o período de luto de Bate-Seba, Davi, o rei traíra, a levou para o palácio: “[…] ela se tornou sua esposa e lhe deu um filho.” – 2 Samuel 11:27.


A justiça de um nazireu

A voz feminina da canção é polifônica, pois trata-se de, pelo menos, duas mulheres: Bate-Seba e Dalila, uma vez que os versos também fazem referência a um outro relato bíblico – o de Sansão e Dalila.
Sansão era um juiz de destaque em Israel que havia recebido a missão divina de derrotar os filisteus. Era também nazireu desde o nascimento (Juízes 13:1-5), uma espécie de consagração que tinha o seguinte como uma das principais restrições:

Não se deve passar navalha na sua cabeça durante todos os dias do voto do seu nazireado. Ele deve permanecer santo, deixando o cabelo crescer até terminarem os dias em que estiver separado (consagrado) para Jeová. – Números 6:5, parênteses inseridos.

A história de Sansão é narrada entre os capítulos 13 e 16 do livro de Juízes. A filisteia Dalila foi a terceira mulher por quem o nazireu se apaixonou. O relato conta que ela fora seduzida por interesses materiais ao aceitar dos filisteus a proposta de descobrir o segredo da força de Sansão em troca de 1.100 moedas de prata. Sansão enganou Dalila por três vezes, mas terminou cedendo:

Então ela (Dalila) lhe disse: “Como você pode dizer que me ama, se não abre o seu coração para mim? Você me enganou essas três vezes e não me disse de onde vem a sua grande força.” Visto que dia após dia ela o importunava e o pressionava, ele ficou esgotado a ponto de querer morrer. Por fim, ele lhe abriu o coração e disse: “Nunca se passou navalha na minha cabeça, pois sou um nazireu de Deus desde o nascimento. Se meu cabelo for cortado, perderei a força, ficarei fraco e me tornarei igual a todos os outros homens.” Quando Dalila viu que ele lhe tinha aberto o coração, imediatamente mandou chamar os governantes filisteus, dizendo: “Venham, pois desta vez ele abriu o coração para mim.” Assim, os governantes filisteus foram até ela, levando o dinheiro. Ela o fez dormir sobre os seus joelhos. Chamou então um homem para cortar as sete tranças da cabeça dele. Depois disso ela começou a ter domínio sobre ele, pois ele foi perdendo a força. Então ela gritou: “Os filisteus estão aqui, Sansão!” Ele acordou do sono e disse: “Eu sairei disso como das outras vezes e me livrarei.” Mas ele não sabia que Jeová o havia deixado. Portanto, os filisteus o agarraram e furaram os seus olhos. Depois o levaram para baixo, a Gaza, e o prenderam com duas correntes de cobre, e ele se tornou moedor de grãos na prisão. – Juízes 16:15-21, parênteses inseridos.

Mas seus cabelos voltaram a crescer e, numa cerimônia de sacrifícios a Dagom, deus dos filisteus,

Sansão clamou então a Jeová: “Soberano Senhor Jeová, por favor, lembra-te de mim e fortalece-me só mais esta vez, por favor, ó Deus, e deixa que eu me vingue dos filisteus por pelo menos um dos meus olhos.” Então Sansão se apoiou nas duas colunas centrais que sustentavam a casa, apoiando-se numa com a mão direita e na outra com a mão esquerda. Sansão clamou: “Que eu morra com os filisteus!” Então ele empurrou as colunas com toda a sua força, e a casa caiu sobre os governantes e todos os que estavam ali. Assim, ao morrer, ele matou mais pessoas do que tinha matado durante a sua vida. Mais tarde, seus irmãos e toda a família do seu pai desceram para pegar o seu corpo. Eles o levaram e o enterraram entre Zorá e Estaol, na sepultura de Manoá, seu pai. Sansão tinha julgado Israel por 20 anos. – Juízes 16:28-31.

De acordo com Antonio Carlos Frizzo (2014, p. 288, parênteses inseridos), em nota à passagem bíblica na Nova Bíblia Pastoral, “Neste enredo se unem amor, dinheiro e traição. […] Seu último ato heroico foi imolar-se (sacrificar-se), como gesto final capaz de garantir a vitória sobre os inimigos de Israel.”

Um harpista hodierno

Cohen nasceu numa família judia canadense. Sua mãe, Marsha (ou: Masha) Klonitsky, era filha do escritor talmúdico Rabi Solomon Klonitsky-Kline e seu avô paterno, Lyon Cohen, foi o fundador do Canadian Jewish Congress (CJC). Sua família atendia ao Judaísmo Ortodoxo e pertencia à Congregação Shaar Hashomayim, em Quebec, sinagoga da qual Cohen era “um amado e reverenciado membro.” (BRAIT & WOODS, 2016) Cohen foi enterrado no Cemitério Shaar Hashomayim. (Id.) Dentro da comunidade judaica, era chamado pelo nome hebraico Eliezer ben Nisan HaKohein u’Masha (ZELERMYER, 2016), isto é, “Eliezer filho de Nisan Cohen e Marsha”.
O compositor também parece inserir-se na letra, de modo que a voz masculina agora surge como uma terceira pessoa em diálogo com as duas primeiras. Além disso, Cohen deixa claro que o amor não é uma marcha de vitória, mas um frio e sofrido canto de louvor a Jah.

Baby I’ve been here before
I’ve seen this room and I’ve walked this floor
I used to live alone before I knew you
And I’ve seen your flag on the Marble Arch
And love is not a victory march
It’s a cold and it's a broken Hallelujah

Querida, eu já estive aqui
Já vi este quarto e caminhei por este chão
Eu costumava viver sozinho até conhecê-la
E eu vi sua bandeira no Arco de Mármore
O amor não é uma marcha de vitória
Mas uma fria e sofrida Aleluia

Algumas mulheres que passaram pela vida de Cohen inspiraram-lhe a compor e escrever, bem como participaram ativamente de sua vida artística. A canção “So Long, Marianne”, por exemplo, foi escrita para Marianne Ihlen, que conheceu quando morou na Ilha de Hidra (Grécia), nos anos 60.
Mais do que uma necessidade física, Cohen crê que o ato sexual é uma manifestação do divino, quando do fôlego retira aleluias, mesmo que dos amores mais proibidos e confusos. E faz alusão à pomba, que era usada com fins sacrificiais (Marcos 11:15), mas passa também a ser símbolo do Espírito Santo no Cristianismo que, para alguns, é a terceira pessoa da Santíssima Trindade e, para outros, o poder de Deus.

There was a time when you let me know
What’s really going on below
But now you never show that to me, do you?
But remember when I moved in you
And the holy dove was moving too
And every breath we drew was Hallelujah

Havia um tempo em que você me deixava saber
O que realmente andava acontecendo
Mas agora você nunca me mostra nada, não é?
Mas lembro-me de quando entrei em você
A pomba sagrada também entrou entrando
E cada suspiro que tirávamos era Aleluia


O texto sagrado diz:

No decorrer daqueles dias, Jesus chegou de Nazaré, da Galileia, e foi batizado por João no Jordão. Imediatamente, ao sair da água, viu os céus se abrindo e o espírito descer como pomba sobre ele. E uma voz saiu dos céus: “Você é meu Filho, o amado; eu o aprovo. – Marcos 1:9-11.

Aqui, vale destacar que a palavra original para vento, fôlego, suspiro e espírito são a mesma – ru’ach, em hebraico, e pneu’ma, em grego. Não é possível acreditar que a manifestação do divino neste sentido se dê apenas no sexo com finalidade reprodutiva (Gênesis 1:28) se considerarmos o teor dos escritos poéticos de Salomão, filho de Davi, que recebeu o nome de Cântico dos Cânticos (isto é, “O Cântico Superlativo”) ou Cântico de Salomão, cuja “linguagem explicitamente erótica e irreverente, descreve o corpo do amado e da amada.” (SILVA, 2014, p. 826)
O eu-lírico de Cohen duvida do divino e diz que tudo o que aprendeu do amor foi tirar a vida de quem o desapontasse:

Maybe there’s a God above
All I’ve ever learned from love
Was how to shoot somebody who outdrew you
And it’s not a crime that you're here tonight
It’s not some pilgrim who claims to have seen the light
It’s a cold and it’s a broken Hallelujah

Talvez exista um Deus acima
Tudo que aprendi do amor
Foi como atirar em alguém que o desarmou
E não é um crime que você esteja aqui esta noite
Não é um peregrino que alega ter visto a luz
Mas uma fria e sofrida Aleluia

O mesmo ocorre na última estrofe, quando o cantor emprega um tom quase que de oração:

I’ve done my best, I know it wasn’t much
I couldn’t feel, so I learned to touch
I’ve told the truth, I didn’t come to fool you
And even though it all went wrong
I’ll stand right here before the Lord of Song
With nothing on my tongue but Hallelujah

Eu dei o meu melhor, eu sei que não foi muito
Eu não podia sentir, então aprendi a tocar
Eu disse a verdade, não vim para enganar você
Eu estarei exatamente aqui diante do Senhor da Música
Com nada em minha língua além de Aleluia

Não tomarás o nome de Deus em vão

You say I took the name in vain
I don’t even know the name
But if I did, well really, what’s it to you?
There’s a blaze of light in every word
It doesn’t matter which you heard
The holy or the broken Hallelujah

Você diz que eu tomei o nome em vão
Eu nem mesmo sei o nome
Mas se tomei, realmente, o que significa isto para você?
Há um clarão de luz em cada palavra
Não importa qual você escuta
A sagrada ou a sofrida Aleluia

O primeiro verso desta estrofe parece ser uma referência ao terceiro mandamento do Decálogo (ou: Dez Mandamentos), que diz: “Não use o nome de Jeová, seu Deus, em vão, pois Jeová não deixará impune aquele que usar Seu nome em vão.” (Êxodo 20:7; também Deuteronômio 5:11) Os judeus tomaram este mandamento tão a sério que passaram a considerar o nome inefável (gr.: a·nek·fó·ne·ton) em quaisquer de suas formas (estendida ou abreviada), de modo que comumente o substituem pela palavra ʼAdho·naí (Adonai), um atributo que significa “Soberano Senhor”, ou ʼElo·hím, que significa “deuses” (segundo a tradição, para denotar a grandiosidade de Deus). Por causa desta prática ao longo de milhares de anos, a pronúncia original do nome YHWH foi perdida, o que dá todo o sentido ao segundo verso desta estrofe: “Eu nem mesmo sei o nome.”
O amor certamente não é apenas uma marcha de vitória, mas, de cada palavra proferida do espírito e do suspiro que se faz entre dois corpos (“faísca de Javé”), existe um brilho de luz sagrada ou profana que se faz em Aleluia. – Cântico de Salomão 8:6, Nova Bíblia Pastoral.

Tudo que respira, louve a Jah. Louvem a Jah (Aleluia)!”
Salmo 150:6, parênteses inseridos.


Análise originalmente produzida para a apresentação de um seminário de Literatura Norte-Americana para o curso de Letras da Faculdade Frassinetti do Recife – FAFIRE, sob encomenda da Prof.ª Mestra Dulce Porto no segundo semestre de 2017 (8º período). Revisado e ampliado.

REFERÊNCIAS

BRAIT, Ellen; WOODS, Allan. Leonard Cohen buried quietly on Thursday in Montreal. TORONTO STAR NEWSPAPERS LTD., 11/11/2016. Disponível em: <https://www.thestar.com/entertainment/2016/11/11/leonard-cohen-buried-quietly-on-thursday-in-montreal.html>. Acesso em: 18 nov. 2017, às 22:29.
COHEN, Leonard. Hallelujah Lyrics. Disponível em: <http://www.metrolyrics.com/hallelujah-lyrics-leonard-cohen.html>. Acesso em: 08 nov. 2017, às 05:07.
DOANE, Sébastien. Hallelujah, de Leonard Cohen. SECRETARIADO NACIONAL DA PASTORAL DA CULTURA, 02/08/2009. Disponível em: <http://www.snpcultura.org/vol_hallellujah_leonard_cohen.html>. Acesso em: 08 nov. 2017, às 05:47.
JUÍZES. Português brasileiro. Nova Bíblia Pastoral. Tradução, introdução e notas de: Antonio Carlos Frizzo. Brasília: Paulus, 2014, p. 268-296.
MURRAY, Nick. How Pop Culture Wore Out Leonard Cohen’s ‘Hallelujah’. THE NEW YORK TIMES, 09/19/2016. Disponível em: <https://www.nytimes.com/2016/09/20/arts/music/leonard-cohen-emmys-hallelujah.html>. Acesso em: 08 nov. 2017, às 03:05.
SILVA, Rafael Rodrigues da. Introdução ao Cântico dos Cânticos. In: Nova Bíblia Pastoral. Brasília: Paulus, 2014, p. 826, 827.
WATCH TOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY OF PENNSYLVANIA; SOCIEDADE TORRE DE VIGIA DE BÍBLIAS E TRATADOS. Estudo Perspicaz das Escrituras. New York: Watchtower Bible and Tract Society of New York, Inc. & Associação Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 1990. On-line em: https://wol.jw.org/pt/wol/lv/r5/lp-t/0/3
______. Português brasileiro. Tradução do Novo Mundo da Bíblia Sagrada. Wallkill (NY): Watchtower Bible and Tract Society of New York, Inc. & Associação Torre de Vigia de Bíblias e Tratados, 2015.
WESTCOTT, B. F.; HORT, F. J. A. The New Testament in the Original Greek. In: WATCH TOWER BIBLE AND TRACT SOCIETY OF PENNSYLVANIA (Org.). The Kingdom Interlinear Translation of the Greek Scriptures. Inglês. Brooklyn (NY): Watchtower Bible and Tract Society of New York, Inc., 1985.
ZELERMYER, Gideon Cantor. Leonard Cohen’s Temple of Song. THE GLOBE AND MAIL INC., 18/11/2016. Disponível em: <https://www.theglobeandmail.com/arts/music/leonard-cohen-remembered-his-roots-and-remained-proud-of-his-jewishheritage/article32930044/>. Acesso em: 18 nov. 2017, às 23:05.

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