Abre aspas. Eu sei de algumas coisas e outras não. Eu existo e me considero (sem hipocrisia) incrível, mas não sei exatamente com que finalidade estou aqui. Passei por várias coisas que muitos no meu lugar já teriam desistido, outros teriam enlouquecido. Mas eu estou aqui tentando e compreendendo que cada "prova" me lapidou um pouco desde o momento em que nasci moribundo. Eu não sou uma pessoa muito comum. Se você se jogar em mim, no mínimo, vai encontrar um mar profundo, e eu vou ter que segurar a sua mão, o tempo todo, para que não se perca dentro de mim ou caia nos abismos que têm dentro do meu mar.
MARABÁ (Parênteses inseridos para esclarecimento de palavras e expressões) Eu vivo sozinha; ninguém me procura! Acaso feitura Não sou de Tupá? Se algum dentre os homens de mim não se esconde: – “ Tu és,” me responde, “ Tu és Marabá!” – Meus olhos são garços, são cor das safiras, – Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar; – Imitam as nuvens de um céu anilado, – As cores imitam das vagas do mar! Se algum dos guerreiros não foge a meus passos: “ Teus olhos são garços,” Respondo anojado, mas és Marabá: “ Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes, “ Uns olhos fulgentes, “ Bem pretos, retintos, não cor d’anajá ! ” (claros) – É alvo meu rosto da alvura dos lírios, – Da cor das areias batidas do mar; – As aves mais brancas, as conchas mais puras – Não têm mais alvura, não têm mais brilhar. – Se ainda me escuta meus agros delírios: – “ És alva de lírios”, Sorrindo responde, mas és Marabá: “ Quero antes um rosto de jambo corado,
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