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Mostrando postagens de setembro, 2017

Saírão raízes dos nossos pés

Quando todos formos velhos, quando todos nos arrastarmos, então sairão raízes de nossos pés e seremos as grandes árvores do Paraíso (na Terra). Itamaracá, alguma data entre 2014/15, mas com gostinho de abril.   SEMPRE TIVE VONTADE de ignorar mais que completamente as pessoas, mas houve um tempo em que eu achava isso um absurdo, pois eu era criança… Fim de tarde. Brisa. Calçada baixa. Rua pouco movimentada. Sentado. Na calçada. Encolhido em minhas pernas magras e a mente num mundo muito longe daqui. Um senhor doze vezes mais velho do que eu se arrastando e apoiando-se em sua bengala luxuosa e um chapéu na cabeça do tipo que os italianos gostam de usar. – Pensando na vida, meu filho? − Qual a pessoa que não pensa na vida, senhor? − Apenas pensei e da mesma forma que se achegara, arrastou as pernas para ir embora de mim subindo a rua e sorrindo tanto quanto eu com as linhas que desenhavam o seu corpo esculpido pelo tempo. Digressão : Depois que Tem

Eu morro se não escrever

Se eu não escrever, eu morro. É um modo de abstrair o que me mata por dentro. E os textos "alegres" precisam ter inspiração tão intensa quanto têm os textos "tristes" para que venham à existência. A questão é: O que acontecerá de bom no dia de amanhã? (Spoiler: Às vezes, não acontece nada. Somente morro.)

Meu mar profundo

Abre aspas. Eu sei de algumas coisas e outras não. Eu existo e me considero (sem hipocrisia) incrível, mas não sei exatamente com que finalidade estou aqui. Passei por várias coisas que muitos no meu lugar já teriam desistido, outros teriam enlouquecido. Mas eu estou aqui tentando e compreendendo que cada "prova" me lapidou um pouco desde o momento em que nasci moribundo. Eu não sou uma pessoa muito comum. Se você se jogar em mim, no mínimo, vai encontrar um mar profundo, e eu vou ter que segurar a sua mão, o tempo todo, para que não se perca dentro de mim ou caia nos abismos que têm dentro do meu mar.

Sancha Coutinho, a Marília de Itamaracá

A manga jasmim é um dos melhores frutos que Itamaracá, no Litoral Norte de Pernambuco, pode oferecer. Há ainda quem diga que Itamaracá é a capital da manga, além da ciranda. E a manga jasmim encontra-se apenas em Itamaracá.