Na verdade, não gosto, é fato. O que gosto é de especialmente trazer à luz os mitos que a sociedade moderna crê.
No passado, os mitos eram a religião dos povos. Hoje são apenas mitos, a religião ficou fadada ao submundo do Tártaro, ao abandono. Está nos livros, nos filmes para o entretenimento, longe para a prática da fé. A própria fé se esgota pelo desejo de todos se tornarem deuses. Deuses de si mesmos, que passam por cima de seus sagrados para que o deleite deste mundo não deixe de ser gozado. E soa um tanto puritano dizer “deste mundo”, como se eu mesmo não fizesse parte dele e reproduzisse aqui as palavras do revolto Jesus de Nazaré. Em verdade, talvez não seja eu parte deste mundo ou, muito menos, perambule sobre ele. Os homens que criticam a religião moderna, a política e não se interessam pelo futebol ou entretenimento estúpido perderam a confiabilidade. Tornaram-se fantasmas, espectros de uma realidade que não se enquadra na sociedade que vivemos e em que vivemos.
O apocalipse está em nós e em nossas psykhaí putrefactas prostradas ao desatino da intolerância, pois há quem crie, creia e que viva mitos modernos. Que, diferentemente do que chamo de sabedoria ancestral, está impregnado nas entranhas como um câncer para o desmoronamento do edifício humano nos tornando bestas inclinadas à batalha cujo prêmio é ser o dono de uma verdade que jamais conheceremos. Somos antropocêntricos em uma era na qual ainda se fala de deuses e ensina-se a viver segundo eles.
Predisposições…
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