Segundo Luiz Carlos Villalta, Doutor e Mestre em História Social pela USP e professor adjunto no Departamento de História da UFMG,
Até 1759, a Companhia de Jesus foi o principal agente da educação escolar, possuindo vários colégios, voltados para a formação de clérigos e leigos, […]. Outras ordens religiosas também se dedicaram à educação escolar na colônia, como as ordens dos beneditinos, dos franciscanos e dos carmelitas, mas não alcançaram a projeção dos inacianos (jesuítas). Apenas os oratorianos, instalados em Olinda e, depois, em Recife, em 1683, tiveram alguma expressão. (PRADO & VIDAL, 2002, parênteses inseridos) - cf. doc. em PDF para ver paginação desta publicação.
O autor explica ainda que a Companhia de Jesus instalou uma prática de ensino muito resistente à mudanças. Embora alguns cursos tenham sido proibidos por Inácio de Loyola, fundador da Companhia de Jesus, eram oferecidos os cursos de Letras, Filosofia e, o de maior nível, Teologia, que compreendiam o que se chamava Ratio Studiorum. À grosso modo, este sistema educativo poderia corresponder ao nosso ensino fundamental, médio e superior. O curso de Letras, por exemplo, tinha uma duração estimada de 10 anos. “ O objetivo do curso de Letras era permitir a aquisição de uma expressão oral e escrita, elegante e correta, erudita, de eloqüência persuasiva na língua latina.” (Id.)
Uma das características da pedagogia jesuítica era a oratória: os alunos eram organizados em grupos que, estimulados pelos mestres, lançavam perguntas aos demais relacionadas ao objeto de estudo. Contrapunha-se quase que totalmente à orientação científica em benefício da religiosa, além de fugir da realidade da Colônia. A inserção do ensino de Tupinambá foi uma das poucas adaptações da escola jesuítica à realidade americana. A rigidez do Ratio Studiorum se dava pelo impregnado ideal jesuítico de universalização.
1759 - Período Pombalino
No século XVI, o ensino público português estava sob a responsabilidade da Companhia de Jesus que, consequentemente, também se instalou no Brasil. Com a Reforma de Pombal, no século XVIII, o ensino passa a ser de responsabilidade da Coroa. Segundo Maciel & Neto (2006), a administração pombalina tentou atribuir aos jesuítas todos os males da educação no Brasil.
Inspirado nos ideais iluministas, o Marquês de Pombal empreende uma profunda reforma educacional – ao menos formalmente – e instaura a escola laica, onde a metodologia eclesiástica jesuítica é substituída pelo sistema pedagógico da escola pública e laica. (Id.)
O novo empreendimento educacional no Brasil se justificava não só pelo fato de que a realidade da colônia contradizia o ideal iluminista de um novo homem, mas também representava um empreendimento político do Marquês de Pombal. A educação deveria estar à serviço dos interesses políticos do Estado. (Id.)
Acrescentamos isto: A Igreja Católica se empenhou pela educação como sendo esta uma ferramenta para a cristianização dos povos americanos antes e um pouco depois do período pombalino. Ainda assim, ela é hoje a responsável pela restauração da pessoa física e espiritual de povos de vários lugares do mundo e de várias formações religiosas, no sentido de que agora oferece a educação religiosa (claro) e secular (desta vez se valendo da ciência como nunca antes), mas também moral, reintegrando indivíduos na sociedade e encaminhando-os para a educação profissional (quando não os profissionalizando em suas próprias instituições) e mercado de trabalho. Outras organizações religiosas, com ideais parecidos ou não, seguem hoje o seu exemplo como uma instituição de compromisso social agente da educação.
Acrescentamos isto: A Igreja Católica se empenhou pela educação como sendo esta uma ferramenta para a cristianização dos povos americanos antes e um pouco depois do período pombalino. Ainda assim, ela é hoje a responsável pela restauração da pessoa física e espiritual de povos de vários lugares do mundo e de várias formações religiosas, no sentido de que agora oferece a educação religiosa (claro) e secular (desta vez se valendo da ciência como nunca antes), mas também moral, reintegrando indivíduos na sociedade e encaminhando-os para a educação profissional (quando não os profissionalizando em suas próprias instituições) e mercado de trabalho. Outras organizações religiosas, com ideais parecidos ou não, seguem hoje o seu exemplo como uma instituição de compromisso social agente da educação.
1822 - Brasil Império
No período imperial, o ensino era de responsabilidade das províncias, baseado na escrita, leitura e contas matemáticas. Atendia somente uma pequena parcela da população em idade escolar. Diversas propostas pedagógicas foram desenvolvidas ao longo desse período inspiradas principalmente nos modelos europeus que foram sendo implantados. Houve também uma preocupação com a formação do docente com relação ao ensino superior. Os estudos se fundamentavam na literatura retendo-se aos livros didáticos de caráter profissional enfatizando o discurso.
Décadas de 20 e 30 - A Escola Nova
As ideias da Escola Nova não surgiram no século XX, mas foi apenas neste período que o Movimento ganhou força. Também chamada “Escola Ativa”, o Movimento defendia a autonomia do aluno defendendo sua liberdade de pensamento e reflexão. Da mesma forma, os escolanovistas defendiam a escola pública e laica. Dentre os nomes mais destacados da Escola Nova, estão Anisio Teixeira, Fernando de Azevedo, Cecília Meireles e Darcy Ribeiro.
1945-64 - A República Populista
O modelo político é baseado nos princípios da democracia liberal com crescente participação das massas. A didática perdeu seus qualitativos geral e especial e introduz-se a Prática de Ensino sob a forma de estágio supervisionado. Nesse meio tempo, foram travadas lutas ideológicas em torno da oposição entre escolas particulares e o ensino da rede pública.
1964 - A Ditadura
O modelo político-econômico, tinha como característica fundamental um projeto que buscava acelerar o crescimento socioeconômico do país. O enfoque do papel da didática a partir dos pressupostos de pedagogia tecnicista procura desenvolver uma alternativa não psicológica, situando-se no âmbito da tecnologia educacional, tendo como preocupação básica a eficiência do processo de ensino.
Década de 1980
Na primeira década de 80, instala-se a Nova República, iniciando-se, desta forma, uma nova fase na vida do país. A luta operária ganha força, passando por outras categorias profissionais como os professores. A realização da I Conferência Brasileira de Educação foi um marco importante na história da educação brasileira. A educação não está centrada no professor ou no aluno, mas na questão central da formação do homem. Nesta década, esboçam-se os primeiros estudos em busca de alternativas para a didática, a partir dos pressupostos da pedagogia crítica.
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Atualidade
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Esta publicação também é de autoria de Quetícia Nascimento (à esquerda), estudante de Letras da Faculdade Frassinetti do Recife - FAFIRE, com quem tive a oportunidade de reunir de maneira simples e breve as informações acima. Quetícia, obrigado pelo carinho!
Créditos: arquivos pessoais. |
Esta publicação também é de autoria de Quetícia Nascimento (à esquerda), estudante de Letras da Faculdade Frassinetti do Recife - FAFIRE, com quem tive a oportunidade de reunir de maneira simples e breve as informações acima. Quetícia, obrigado pelo carinho!
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REFERÊNCIAS:
- MACIEL, Lizete; SHIGUNOV NETO, Alexandre. A educação brasileira no período pombalino: uma análise histórica das reformas pombalinas do ensino. In: Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 32, n.3, p. 465-476, set./dez. 2006.
- PRADO, Maria Lígia Coelho; VIDAL, Diana Gonçalves (Org.). A Educação na Colônia e os Jesuítas: discutindo alguns mitos. In: À Margem dos 500 Anos: reflexões irreverentes. São Paulo: Edusp, 2002, p. 171-184.
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