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O que são línguas artificiais (explicação breve)


"língua [Lat. lingua] sf. ... 3. O conjunto das palavras e expressões, faladas ou escritas, us[adas] por um povo, por uma nação, e o conjunto das regras da sua gramática." (FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini Aurélio: o dicionário da língua portuguesa. 8. ed. Curitiba: Positivo, 2010).

Antes de entendermos o que são línguas artificiais, convém entender o que é língua. Bem, não estamos nos referindo ao órgão da boca comumente utilizado para trocar ideias sobre os aspectos notórios da vida alheia, mas do conjunto de palavras que utilizamos esquematicamente para efetivar/realizar a comunicação entre você, eu, a vizinha, o português da padaria... Seja por meio da escrita ou da oralidade.

Até agora, só ouvi falar de dois tipos de línguas: as naturais e as artificiais (além das mortas, claro). As naturais, como a própria classificação já indica, é aquela que surge naturalmente do povo, como a língua portuguesa, que não fora esquematizada para ser o que estruturalmente é, mas que surgiu naturalmente a partir da interação de várias línguas (africanas, indígenas, europeias, etc). No caso das línguas artificiais, elas não surgiram a partir de outra línguas ou de forma espontânea, mas alguém precisou inventá-las. São, portanto, línguas projetadas.

Como exemplo, a língua artificial mais falada e conhecida do mundo é o esperanto, com mais de cinco milhões de falantes em todo o mundo, criado pelo judeu Ludwik Lejzer Zamenhof em 1887 com a intenção de que esta se tornasse uma língua universal pela sua simplicidade gramatical e de fácil aprendizado. Outro exemplo é também o globish, uma forma simplificada de inglês (mas um tanto diferente), o loxian, criado pela cantora irlandesa Enya e sua colega poeta Roma Ryan para poder compor as suas músicas, sindarin e quenya, criadas por J.R.R. Tolkien para sua obra O Senhor dos Anéis.

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MARABÁ (Parênteses inseridos para esclarecimento de palavras e expressões) Eu vivo sozinha; ninguém me procura! Acaso feitura Não sou de Tupá? Se algum dentre os homens de mim não se esconde: – “ Tu és,” me responde, “ Tu és Marabá!” – Meus olhos são garços, são cor das safiras, – Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar; – Imitam as nuvens de um céu anilado, – As cores imitam das vagas do mar! Se algum dos guerreiros não foge a meus passos: “ Teus olhos são garços,” Respondo anojado, mas és Marabá: “ Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes, “ Uns olhos fulgentes, “ Bem pretos, retintos, não cor d’anajá ! ” (claros) – É alvo meu rosto da alvura dos lírios, – Da cor das areias batidas do mar; – As aves mais brancas, as conchas mais puras – Não têm mais alvura, não têm mais brilhar. – Se ainda me escuta meus agros delírios: – “ És alva de lírios”, Sorrindo responde, mas és Marabá: “ Quero antes um rosto de jambo corado,

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"Fernando Pessoa" por S.A. e Maria José de Lencastre. Antes de tudo: Análise do Discurso é “[…] o estudo da língua sob a perspectiva discursiva” (BRANDÃO, 2009, p. 5). Para Foucault (1972 apud FAIRCLOUGH, 2001, p. 64), “a análise do discurso [está] voltada para a análise de enunciados”, que é considerada uma forma de analisar desempenhos verbais e “diz respeito não à especificação das frases que são possíveis ou gramaticais, mas à especificação sociohistoricamente variável de formações discursivas (algumas vezes referidas como discursos), sistemas de regras que tornam possível a ocorrência de certos enunciados, e não outros, em determinados tempos, lugares e localizações institucionais.” (colchetes inseridos)

Quais são as características de um texto literário?

Com a honrosa coautoria de: Ermírio Simões Batista Segundo Proença Filho (2007), em sua obra A linguagem literária , as características do discurso literário são as seguintes: 1. Complexidade Num texto complexo pode-se identificar metonímias sobre a vida humana. No caso, seriam situações que ocorrem nas relações interpessoais. Assim observa-se uma série de fatores que contribuem para o enriquecimento do texto e o aumento de plurissignificação, exigindo maior esforço por parte do leitor. No texto literário não existe o óbvio. me.to.ní.mi.a s.f. [retórica] Figura de linguagem em que um objeto é designado por uma palavra que se refere a outro, por existir uma relação entre os dois. Quando se “acende a luz”, na verdade se aperta um botão, fechando um circuito elétrico e produzindo luz. Mas se dá o nome do efeito à causa. (7GRAUS, 2017, adaptado) 2. Multissignificação O texto multissignificativo depreende diversos significados que dependerá do