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Qualidade Literária (Dilma Fernandes)


Por: Dilma Fernandes

A velha máxima de que o Brasil é um país que não lê tem se tornado cada vez menos real. Ainda não atingimos um topo cultural ou o ponto de podermos dizer que todos os brasileiros leem. Aliás, a educação ainda não abrange toda a nossa nação, assim como os altos custos de vendagem não colaboram com a maior parte da população que mais trabalha para comer e pagar contas que se acumulam, mas já é um começo.
Muitos criticaram a opinião da ilustríssima Ruth Rocha quando a mesma disse não concordar que a saga Harry Potter seja literatura, mas se assim como eu, você discorda da opinião dela, diga-me, o que andas lendo?
É nítido que títulos chamativos, romances previsíveis ou enredos que se arrastam de forma preguiçosa e desnecessária para lucro e renome de um ou outro autor, vem ocupando cada vez mais as prateleiras e os bons livros têm se tornado cada vez mais clássicos e com isto deixados de lado por grande parte do público comprador/leitor atual.
Mudar é preciso, tentar de tudo, e é necessário abrir nossa mente para todos os mundos e possibilidades que a literatura tem nos trazido cada vez mais. “Quem lê viaja” e “Ler engrandece a mente e a alma” são máximas conhecidas por todos e são a mais pura realidade, mas ao menos esta que vos escreve não tem sentido tal engrandecimento no que tenho encontrado em destaque nas livrarias - não em suma maioria.
Agora volto a lhe perguntar: e você, o que tem lido?

P.S: Um resumo de meu ponto de vista baseado em nosso diálogo, Wendell, meu querido.

Fonte: Os Pensamentos de Amlid, com adaptações.

Referência
FERNANDES, Dilma. Qualidade Literária. OS PENSAMENTOS DA AMLID/MG, 06/05/2015. Disponível em: <http://dilma-blgodilminhacombr.blogspot.com/2015/05/qualidade-literaria.html>. Acesso em: 07 mai. 2015, à 1:41.

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MARABÁ (Parênteses inseridos para esclarecimento de palavras e expressões) Eu vivo sozinha; ninguém me procura! Acaso feitura Não sou de Tupá? Se algum dentre os homens de mim não se esconde: – “ Tu és,” me responde, “ Tu és Marabá!” – Meus olhos são garços, são cor das safiras, – Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar; – Imitam as nuvens de um céu anilado, – As cores imitam das vagas do mar! Se algum dos guerreiros não foge a meus passos: “ Teus olhos são garços,” Respondo anojado, mas és Marabá: “ Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes, “ Uns olhos fulgentes, “ Bem pretos, retintos, não cor d’anajá ! ” (claros) – É alvo meu rosto da alvura dos lírios, – Da cor das areias batidas do mar; – As aves mais brancas, as conchas mais puras – Não têm mais alvura, não têm mais brilhar. – Se ainda me escuta meus agros delírios: – “ És alva de lírios”, Sorrindo responde, mas és Marabá: “ Quero antes um rosto de jambo corado,

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