A vida é tão
incerta quanto deduzir o fim de uma música que você nunca ouviu. O
nosso mal não está sempre em não fazer o que queremos, mas saber
possíveis consequências e, ainda assim, lamentar o erro. Em questão
de instantes uma história pode mudar todo o seu destino, uma música
todo o seu ritmo e um poema o seu estilo.
Entre escolhas
equivocadas e tropeços da escada, vejo-me sobre o muro da indecisão.
Não sei o que é mais injusto: esta vivência redundante ou eu mesma
feita de pedras pela mão de um escultor arrependido ou de convites
recusáveis. Eu não posso derramar uma lágrima sem escrever dois
versos ou uma prosa de minh’alma insólita, sepulcral.
Encontro-me moribundo
quando o sentido da existência é ser feliz.
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