vento que não ouço,
o que te deixa assim calado?
traz-me teu bom grado
e faz de mim um escritor amado
canta uma canção de ninar
e me carrega no teu colo
e lembrarei, então, que eu sou filho do pecado
sopra-me tua inspiração
pois não risco mais a pena
talvez me falte sofrer mais
por que a dor, triste e miserável
faz-me ser poeta bobo de taça cheia
ouço um bom vinil
acendo um bom cigarro
abrirei minhas janelas
entrarão gárgulas e quimeras
deem-me o velho prazer da existência
incansáveis e inseparáveis
valetudinárias e improperas
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