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O que é Educação?

Consultei o dicionário Aurélio (FERREIRA, 2010) e encontrei um certo número de definições para o significado da palavra "educação". No final de tudo, escolhi por dar aqui a minha própria definição [mais humanizada] sobre a educação sem que fizesse consultas mais profundas além das minhas costumeiras observações do cotidiano - minhas vivências.

Educação


Educação não é apenas saber que dois mais dois são quatro ou ainda saber calcular o Binômio de Newton de trás para frente e de olhos fechados, mas também saber que se o troco veio com dinheiro à mais, é preciso devolver o que pertence ao verdadeiro dono e que não fazer isso é roubo.

Educação não é apenas saber escrever corretamente numa redação do ENEM com todos pontos, vírgulas e acentos graves que tiver direito ou saber falar outro idioma, mas também saber que ao falar com as pessoas é preciso pedir licença, dizer "obrigado" e cumprimentar até mesmo aqueles que falam pouco conosco, seja por timidez ou outro motivo qualquer, e que dar um elogio não faz mal a ninguém.. 
Educação não é apenas saber que a bactéria é um "organismo unicelular procarioto, patogênico ou não, que ger[almente] se reproduz por cissiparidade" (Ibid., p. 86, colchetes inseridos), mas também saber a hora certa de colocar o lixo na porta de casa para que, ao deixar muito tempo exposto na rua, não venham animais e rompam as sacolas causando sujeira e odor desagradável no bairro.

Educação não é apenas saber descrever os vários gêneros musicais, inclusive aqueles desde o séc. XIII, como Dies Irae ("Dia de Ira"), mas também saber respeitar o gosto musical dos outros e saber também que já é hora de baixar o volume do som.

Educação não é apenas saber que o Iluminismo foi um movimento europeu intelectual dos séculos XVII e XVIII que tinha como base a crença na razão como alicerce para o progresso da humanidade, mas também saber que cuidar da própria vida é mais importante do que discutir aspectos notórios ou inventados da vida alheia.

Educação não é apenas saber que o Brasil é dividido em cinco regiões ou que o Globo possui seis continentes e que para alguns a Europa e a Ásia são apenas um, a Eurásia, mas também saber que independente de qualquer que seja a origem, todos somos iguais, e reconhecer, por exemplo, que o desenvolvimento do Sul e Sudeste do Brasil se deve ao Nordeste e que toda a cultura brasileira tem um pé na tribo e outro no terreiro.

Educação não é apenas saber falar sobre os grandes filósofos, mas também saber que fomos criados em meio ao conhecimento popular, onde todas as coisas eram pouco questionadas e ainda assim éramos todos mais felizes sem as grandes perguntas que fazem pensar. 

Educação é saber que conhecimento sem nenhuma sabedoria não vale nada. Um ser humano vazio. Escuridão profunda.

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Marabá: uma breve análise entre o poema e a vida de Gonçalves Dias

MARABÁ (Parênteses inseridos para esclarecimento de palavras e expressões) Eu vivo sozinha; ninguém me procura! Acaso feitura Não sou de Tupá? Se algum dentre os homens de mim não se esconde: – “ Tu és,” me responde, “ Tu és Marabá!” – Meus olhos são garços, são cor das safiras, – Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar; – Imitam as nuvens de um céu anilado, – As cores imitam das vagas do mar! Se algum dos guerreiros não foge a meus passos: “ Teus olhos são garços,” Respondo anojado, mas és Marabá: “ Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes, “ Uns olhos fulgentes, “ Bem pretos, retintos, não cor d’anajá ! ” (claros) – É alvo meu rosto da alvura dos lírios, – Da cor das areias batidas do mar; – As aves mais brancas, as conchas mais puras – Não têm mais alvura, não têm mais brilhar. – Se ainda me escuta meus agros delírios: – “ És alva de lírios”, Sorrindo responde, mas és Marabá: “ Quero antes um rosto de jambo corado,

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"Fernando Pessoa" por S.A. e Maria José de Lencastre. Antes de tudo: Análise do Discurso é “[…] o estudo da língua sob a perspectiva discursiva” (BRANDÃO, 2009, p. 5). Para Foucault (1972 apud FAIRCLOUGH, 2001, p. 64), “a análise do discurso [está] voltada para a análise de enunciados”, que é considerada uma forma de analisar desempenhos verbais e “diz respeito não à especificação das frases que são possíveis ou gramaticais, mas à especificação sociohistoricamente variável de formações discursivas (algumas vezes referidas como discursos), sistemas de regras que tornam possível a ocorrência de certos enunciados, e não outros, em determinados tempos, lugares e localizações institucionais.” (colchetes inseridos)

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