Talvez um dia, ainda neste mundo insano, possamos compreender [de
coração] que todos somos apenas um punhado de poeira que recebeu o
dom da vida, mas que não soube viver e se perdeu no caminho para a
felicidade.
Talvez um dia possamos compreender que somos apenas um conhecido
qualquer para muitos iguais a nós e para aquele que sem querer ou
não nos tocou o coração de tal forma que deixou marcas que outra
pessoa não pode sarar jamais.
Talvez um dia venhamos a aprender a não mais chorar diante dos
desafios e passemos a sorrir diante da dor, quando a vida nos tiver
tornado como um pedaço de metal que não reage nem ao fogo nem ao
frio. E somos frios.
Talvez um dia eu mesmo não me importe mais com o que outros pensam e
passe a viver mais na leveza sem levar em conta aquilo que não posso
ser para atingir as expectativas de outros que eu pouco conheço e
nada sabem sobre mim.
Talvez um dia eu encontre alguém para ser feliz ou talvez entenda e
aceite que só vim aqui para servir enquanto ouço música em noites
tristes de água de sal no meu rosto comum. E um coração vazio, na
mão...
Um dia, talvez.
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