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Mostrando postagens de dezembro, 2017

Significados passageiros

Existimos em três direções no tempo. Gostaria de compartilhar minhas angústias com alguém. Assim, dedico estes parágrafos a Thayná Deivilla e André Nascimento. Certa vez, comprei uma camisa polo com a seguinte inscrição na frente: “ trust that an ending is followed by a beginning” (isto é, “acredite que um fim é seguido de um começo”). Dias depois, experienciei perdas que, naquela época, pareciam irreversíveis e de uma dor que jamais seria capaz de controlar. Perdi pessoas, amizades que juraria levar para a vida inteira. Mas, como a música diz, até mesmo o “‘pra sempre’ sempre acaba”. Hoje, percebo que tudo o que se vai é como se tivéssemos acertado as contas com aquelas co isas ou aquelas pessoas, ‘finalizado uma missão’. Na vida, nada é para sempre e o significado mais vivo das coisas estão no hoje, no momento exato em que vos falo. Ao dar as costas para fazer o meu caminho de volta para casa, eu vivo um outro instante munido de novos significados e deixo para trás

Pagu e Chimamanda Adichie – similitudes entre a ficção e a realidade

Com a honrosa coautoria de: André Nascimento e Marília Pereira A mulher sempre esteve presente na sociedade,  mas nem sempre é bem-vinda em situações que requerem o uso das faculdades mentais. Em 1933, Patrícia Galvão (1910, São João da Boa Vista/SP – 1962), sob o pseudônimo Mara Lobo, lançava o livro Parque Industrial , o primeiro romance proletário da literatura brasileira. Na obra, Patrícia Galvão (ou: Pagu, seu nome artístico), que integrou o Movimento Modernista, discorre sobre o ingresso da mulher paulistana no mercado de trabalho através das fábricas no Brás (Distrito de São Paulo) face ao cenário político da Revolução de 1930 e sua opressão às classes desfavorecidas. Em meio àquilo que pareceria um momento de fuga da figura da mulher dos lares abusivos nos quais desempenhara apenas o papel de subserviência à família, o trabalho operário soa como uma macrorreprodução deste tipo de relação (na verdade, é exatamente o inverso – o núcleo familiar reproduzindo o gran

Face pálida: um canto para o submundo

A tua face pálida e o teu leito contestado Tua palavra oculta e o teu sorriso fosco. Um silêncio forçado pela dor da culpa. A face pálida de alguém que já se foi no seu leito contestado pela morte. A palavra oculta pelo submundo e o sorriso ofuscado pela inexistência. Um silêncio de (in)aceitação forçada e a dor da culpa de quem não se deixou amar a tempo. Imagem : Moça com o Brinco de Pérola , por Johannes Vermeer (c. 1665).

Você é como um bolo

Você é como um bolo sobre a mesa: um bolo sem cereja sobre a mesa. Um bolo sem cobertura sobre a mesa. Um bolo sem dourados sobre a mesa. Você é como um bolo sobre a mesa: assim todo por dentro – sem encanto –, como em uma mesa ornamentada, perdido em meio ao encanto (mal serve para ser comido).

Trying without knowing

Play the video above to start reading. Even wihtout knowing I tried Trying and believing not knowing, or: Knowing and even trying. I tried. And tried. And tried. Nothing won, nothing gained. Even trying. P.S.: Look! He gave me a word AND PUT A SPELL ON ME. ~ Tradução ao português brasileiro. Tentando sem saber Mesmo sem saber tentei Tentando e acreditando não saber, ou: Sabendo e mesmo assim tentando. Tentei. Tentei. E tentei. Nada vencido, nada ganho. Mesmo tentando. P.S.: Vede! Ele me deu uma palavra E ENTÃO LANÇOU UM FEITIÇO EM MIM.