Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de outubro, 2015

Enterrei meu coração

A vida aconteceu estranha para mim. Deu-me visões de pessoas que eu não poderia amar. A minha gênese é o alicerce de um pacto com o mundo de que eu o amaria sem que jamais pudesse ser sentido e, por acaso, sendo amado, o mais estranho estaria entre nós.

A hora da estrela (Clarice Lispector)

Escrevo por não ter nada a fazer no mundo: sobrei e não há lugar para mim na terra dos homens. Escrevo porque sou um desesperado e estou cansado, não suporto mais a rotina de me ser e se não fosse a sempre novidade que é escrever, eu me morreria simbolicamente todos os dias. A obra a ser comentada é A hora da estrela , de Clarice Lispector, publicada em 1977 e considerada “o livro mais surpreendente que escreveu”, segundo José Castello (1998). Considerarei a primeira edição da Rocco (1998), que tive a grande honra de receber das mãos de um grande amigo adepto de constantes leituras, Marcel Koury . Reprodução de capa. Sob o nome de Rodrigo S.M., Clarice (íntima póstuma) tenta se esconder de seu leitor. A história leva um tanto de tempo para que se inicie e a figura principal, quando finalmente se identifica, tira-nos uma inevitável gargalhada: E, se me permite, qual é mesmo a sua graça? Macabéa. Maca, o que? Béa, foi ela obrigada a completar. Me de

Meu Coração Demente (Nivaldo)

E quantas vezes mais será repetido? Pois o que mais faltou ser dito?

"Para ela viver bem de mansinho, sem vontade de crescer" (Valmir Sá)

Por: Valmir Sá Foste gerada no envoltório de uma camada fina de vida: só, forte, menina, mulher. Que, em sua hora devida, rompeu o portal do desconhecido. Compreendendo, descompreendendo o que se diz. Caminhaste com pernas bambas, seguras por pés descalços, que sente o terreno de seu mundo. E olhando firmemente, no espelho do tempo, encontraste a imagem mulher. E sorrindo brincaste menina, com a mulher que vias, explicando-lhe baixinho: "Não tenha medo de crescer! Oh, Senhor Tempo, lhe dê mais um tempinho, para ela viver bem de mansinho, sem vontade de crescer." P.S.: "Coração palpitando..."