Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2015

Cansada

Ando cansada de não me sentir em falta, só a falta. As vozes do dia me incomodam e, à noite, o vazio me atormenta. Já cansei de procurar um amor, eu me completo com o meu opaco na meditação do meu Silêncio. Com ele eu penso, com ele medito e com ele eu choro lágrimas cortantes enquanto os outros dormem e parecem que são felizes - mais felizes do que eu no meu dia mais feliz - enquanto dormem. Águas de sal involuntárias, o que há que não me deixam e sempre querem me afogar? Ando cansada... Eu não quero mais chorar.

Nada sei

Eu queria saber escrever as belas coisas tão belas que ainda têm para viver. Eu queria saber escrever as belas coisas tão belas quanto escrever as tristes coisas tão tristes. Eu só queria saber escrever as tristes coisas da vida que sempre têm para viver.

Êxtase...

Por: Valmir Sá Repentinamente sinto velozmente o sangue correr em minhas veias como a brincar de liberdade, deixando-me em palpitação saturada de 101%. E logo sei: é ela chegando, amiga noite. Enfeito-me, perfumo-me, visto meu corpo nu, e sento em uma poltrona teatral de um espetáculo só meu. E assim lentamente observo as luzes apagarem-se, fazendo assim visível um palco que e só meu. Aprecio, aplaudo, critico, analiso, dou gargalhadas, sereniso, calo, grito e vai assim passando tempo, hora, minuto e segundo. E sem perceber, como sucção energética, vou descarregando porcentagem de um ser que se carrega de luz. Logo, vejo agressivamente raios ultravioletas adentrarem a arena, estragando a beleza de um ambiente sereno. Adormeço enquanto os normais rotineiramente efetuam suas obrigações. E quando o despertar da pulsação de minhas artérias emocionais gritam, logo sorrio levemente, sabendo que, de gozo extasiado, viverei mais uma madrugada de rei da solidão. ~ VALMIR